Feliz Natal e um Próspero Ano Novo

Nesta data festiva, a todos desejamos muitas felicidades, muitas prendas, muito calor, muita paz e já agora, muitos momentos de alegria (mesmo que não seja sobre o dorso de um cavalo).

Claro que quando chega esta parte do ano, vem o frio, alguma neve nos pontos mais altos, mas vêm também os dias de recolhimento junto á lareira, quando toda a família se junta, muitas vezes com os que de longe vieram para aquecer os seus e os nossos corações.

É uma data de muito simbolismo, principalmente quando se fala de solidariedade, de entreajuda, pois esse é o lema desta quadra. Onde a ajuda aos que mais precisam e mais sofrem nos faz sentir melhor. Mas tal como já alguém disse, que bom que era se todos os dias fossem Natal.

Espero a vossa contribuição para que para o ano possamos ter 366 dias de Natal, pois todos os dias há um milagre, todos os dias nasce mais um menino, todos os dias nasce mais um que precisa que seja Natal nesse dia.

São os votos do grupo de Amigos do Centro Hípico Quinta do Rei para todos os nossos amigos visitantes.

E já agora, Boas Festas

/\ se possível no corpinho todo :-) /\

m@rtüx@ vai ser operada

Ontem foi um dia diferente no picadeiro.

Tivemos a companhia da nossa m@rtüx@ que foi montar pela última vez antes da operação ao ombro a que vai ser submetida.

Mais uma vez, ela e o seu fiel amigo Pintas estiveram em grande com uns bonitos saltos a que ela já nos habituou, como o da foto a saltar com o Luke.

Desejos de que tudo corra bem e que estejas de volta ás lides equestres o mais depressa possível.

Força m@rtüx@, muitos beijinhos desta malta toda !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Um pouco de poesia neste blog!

O seguinte excerto pretende descrever a beleza de um passeio a cavalo, de manhã bem cedo.. quem, entre nós, ainda não experimentou estas sensações? :)

A floresta

"Sobre o dorso possante do cavalo
Banhado pela luz do sol nascente
Eu penetrei o atalho, na floresta.

Tudo era força ali, tudo era força
Força ascencional da natureza.
A luz que em torvelinhos despenhava
Sobre a coma verdíssima da mata
Pelos claros das árvores entrava
E desenhava a terra de arabescos.

Na vertigem suprema do galope
Pelos ouvidos, doces, perpassavam
Cantos selvagens de aves indolentes.

A branda aragem que do azul descia
E nas folhas das árvores brincava
Trazia à boca um gosto saboroso
De folha verde e nova e seiva bruta.

Vertiginosamente eu caminhava
Bêbado da frescura da montanha
Bebendo o ar estranguladamente.

Às vezes, a mão firme apaziguava
O impulso ardente do animal fogoso
Para ouvir de mais perto o canto suave
De alguma ave de plumagem rica
E após, soltando as rédeas ao cavalo
Ia de novo loucamente à brisa (...)"

Vinicius de Moraes,

Rio de Janeiro 1933

in O Caminho para a Distância